7 de agosto de 2009

SEDUC, VIVO E CASA DA ÁRVORE LEVAM TECNOLOGIAS DE APRENDIZAGEM ÀS SALAS DE AULA

Projeto Telinha na Escola consiste em propor aos alunos e professores da rede pública estadual uma abordagem diferenciada de ensino a partir da produção de filmes (pocket movies) feitos por celulares
Em solenidade realizada na manhã desta terça-feira (4), na escola Marcelo Cândia, em Porto Velho, o Governo do Estado assinou, por meio da Secretaria da Educação (Seduc), Termo de Cooperação com o Instituto Vivo e a ONG Casa da Árvore visando à implantação do projeto Telinha na Escola, que propõe aos alunos e professores da rede estadual de ensino uma nova forma de aprendizagem ao utilizar novas tecnologias no ambiente escolar. O documento foi assinado pela coordenadora Pedagógica da Seduc, Irany Freire Bento, representando a secretária estadual da Educação, Marli Cahulla, o gerente regional da Vivo em Rondônia e Acre, Heriberto Liberatti, e a representante da Casa da Árvore, Priscilla Lima.*


A escola Marcelo Cândia juntamente com a Flora Calheiros foram selecionadas para implantarem o projeto, que segundo Priscila Lima é um desdobramento do Telinha de Cinema em execução no Estado do Tocantins, e será desenvolvido em Rondônia nos períodos tarde e manhã, respectivamente, contando com seis professores capacitados para colocarem em prática a metodologia de filmagem, produção de roteiro, edição e distribuição de vídeos por meio de aparelhos celulares a 40 estudantes, de 14 a 16 anos. Esses jovens já têm contato com produções audiovisuais a partir de iniciativas como Edu-comunicação, Produção na Escola, Comunicação e Meio Ambiente, Conhecendo a Escola e Meu Bairro, Desbravadores da História e 1ª Conferência Infanto-Juvenil pelo Meio Ambiente na Escola.


As turmas foram divididas em dois grupos e têm 9 horas semanais de aulas, em períodos complementares aos de seus estudos. “A peça-chave do projeto é a interatividade”, disse Priscila, acrescentando que os participantes estarão trocando informações constantemente de forma pessoal ou virtual.

A secretária estadual da Educação, Marli Cahulla, considera importante esta parceria por possibilitar ao aluno não só o acesso à tecnologia moderna, mas também dominá-la em sala de aula, despertando ainda o interesse pela sétima arte, saindo do papel de mero telespectador para a atuação em campo como ator, autor ou diretor. Marli Cahulla fez questão de observar, que o projeto não contraria a lei estadual que proíbe o uso de celular em sala de aula, pois será desenvolvido em horário diferente da aula regular.
Já a professora Irany, considerou a iniciativa válida por disponibilizar aos alunos uma ferramenta diferente, que os incentiva a trabalharem em grupos, contrariando a onda de violência registrada em muitas escolas, não apenas brasileiras, mas em todo o mundo.
Para o gerente regional da Vivo, Heriberto Liberatti, o projeto é importante não só pelo fato de formar professores e alunos, mas também por gerar reflexão de como utilizar a tecnologia em sala de aula, agregando novos conteúdos às aulas.A capacitação dos professores foi ministrada, durante o mês de junho pela equipe do projeto Telinha de Cinema que é desenvolvido no Estado do Tocantins desde 2007. Foram abordados temas como aplicação de metodologia para filmes em celular (pocket movies) e maneiras de como os professores podem incorporar novas tecnologias, como os pocket movies, em sala de aula. Durante o semestre, os professores serão acompanhados e monitorados pela equipe do Telinha de Cinema. A implantação do projeto, conforme a irmã Carmen Baseggio, diretora da Marcelo Cândia, atendeu às expectativas, uma vez que já havia a intenção de se trabalhar com os alunos utilizando-se esta técnica.


Ainda na solenidade, foi feita a exibição dos filmes “Despertar da Leitura” e “Minha Escola é do 1º Mundo” produzidos durante a capacitação dos professores em Rondônia; e do “Sim ou Não. Por que?”, sobre a obrigatoriedade do voto, produzido pela primeira turma do Telinha de Cinema de Tocantins, que nesta semana ficou entre os quinto melhores no Festival Visão Periférica do Rio de Janeiro.


De acordo com Valmir Souto, do Núcleo de Tecnologia Educacional da Seduc, a intenção é que os vídeos produzidos nas escolas rondonienses sejam inscritos em festivais, como o de Cinema e Vídeo da Amazônia (Festcine Amazônia), realizado anualmente em Porto Velho.
Sobre o Telinha de Cinema O projeto Telinha de Cinema é desenvolvido pela ONG Casa da Árvore e apoiado pelo Instituto Vivo desde 2007. Ele tem como objetivo estimular o uso das tecnologias móveis como instrumento educativo e de manifestação artística, através do incentivo a produção de vídeos de bolso por jovens de comunidades carentes de Palmas. O projeto começou como uma escola de vídeos de bolso, com aulas de história do cinema, técnicas de roteiro, produção, direção e edição. Hoje também oferece cursos de iniciação musical (violão e percussão), além de produção de trilha sonora e ringtones, por meio do novo segmento Telinha Sonora. Em 2009 serão atendidos 150 alunos entre o Telinha de Cinema e Telinha Sonora.

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